sexta-feira, 7 de junho de 2013

Uma análise do Nazismo e Fascismo com base no livro “Maus”


Maus ("rato", em alemão) é a história de Vladek Spiegelman, judeu polonês que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz, narrada por ele próprio ao filho Art. O livro é considerado um clássico contemporâneo das histórias em quadrinhos. Foi publicado em duas partes, a primeira em 1986 e a segunda em 1991. No ano seguinte, o livro ganhou o prestigioso Prêmio Pulitzer de literatura.

A obra é um sucesso estrondoso de público e de crítica. Desde que foi lançada, tem sido objeto de estudos e análises de especialistas de diversas áreas - história, literatura, artes e psicologia. Em nova tradução, o livro é agora relançado com as duas partes reunidas num só volume.

Nas tiras, os judeus são desenhados como ratos e os nazistas ganham feições de gatos; poloneses não-judeus são porcos e americanos, cachorros. Esse recurso, aliado à ausência de cor dos quadrinhos, reflete o espírito do livro: trata-se de um relato incisivo e perturbador, que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto.

Spiegelman, porém, evita o sentimentalismo e interrompe algumas vezes a narrativa para dar espaço a dúvidas e inquietações. É implacável com o protagonista, seu próprio pai, retratado como valoroso e destemido, mas também como sovina, racista e mesquinho. De vários pontos de vista, uma obra sem equivalente no universo dos quadrinhos e um relato histórico de valor inestimável.



Relação de Art e Vladek.



E a relação entre Art e o pai não era nada boa, o que rende excelentes diálogos, onde tanto Art como nós vamos entendendo, aos poucos, porque Vladek é tão ranzinza, pão-duro, tão apegado a pequenas coisas materiais, chegando até a soar mesquinho em vários momentos da HQ. São dois mundos, duas realidades distintas em choque nos diálogos ao longo da história: o mundo de Vladek, constantemente preocupado em preservar suas posses materiais, já que ele chegou a perder tudo durante a guerra, e o mundo de Art, que nasceu após a guerra, já nos EUA, e não passou por dificuldades e não tem a mínima noção do que o pai passou durante o período de guerra.


Outra coisa interessante na obra é que ela mostra que no início da invasão alemã à Polônia não havia ainda a “caça aos judeus” tão forte como normalmente os filmes retratam e muitas pessoas pregam por aí. O processo todo foi acontecendo aos poucos: primeiro nasceram os guetos, para onde os judeus eram levados e obrigados a viver. Nos guetos os judeus já conviviam com o racionamento de tudo, mas eles ainda conseguiam viver com um mínimo de dignidade. Neste tempo os nazistas já levavam judeus para trabalhos forçados, mas eram poucos. Além disto, os nazistas já estavam “sumindo” com idosos e crianças. Mas a corrupção dos soldados e oficiais da SS sempre dava um jeitinho para livrar a cara dos judeus que podiam pagar por um mínimo de facilidades, mesmo no caos…

Com o desenrolar da guerra e a dependência cada vez maior do nazismo em ter mãos para suprir o “esforço de guerra” que os próprios alemães não conseguiam dar conta na produção – principalmente de armas – os judeus foram escalados em massa para os trabalhos forçados nos campos de concentração. E aí é que a coisa realmente ficou complicada, pois poucos sobreviveram aos campos, à fome e à brutalidade dos nazistas. Muitos perderam pais, filhos, outros parentes próximos, amigos e conhecidos. 




Progrom – um ataque violento maciço a pessoas com a destruição simultânea do seu ambiente (casas, negócios, centros religiosos). Quando usado por Vadlek refere-se ao movimento contra os opositores do Nazismo.

Antissemitismo – preconceito ou hostilidade contra judeus baseada em ódio contra seu histórico étnico, cultural e/ou religioso.



Cadeia Alimentar 


* Mesma imagem que a propaganda nazista utilizou para associar os judeus à ideia de sujeira. 





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